Sonhei com o melhor, acredita que sonhei e acreditei nesse mesmo sonho durante algum tempo.
No entanto, acordei do sonho e vi que disso não passou... um sonho daqueles tipo algodão doce que se desfaz na língua....
Pensei que iríamos estar juntos por algum tempo, que caminhariamos na mesma direcção e que não haveria jamais tempo limite para as nossas longas conversas! No entanto, o despertador tocou e vi que, para além do sonho, havia um tempo limite para tudo e até para nós.
A única coisa que resta são alguns cd's daquela música jazz que aprendemos a ouvir juntos e que marcam cada palavra de sentimento trocada entre nós. Lembras-te daquele dia em que fomos jantar àquele restaurante, pertinho do Douro, com meia luz e o brilho da lua no rio... Esse mesmo jantar em que escolhemos a nossa música."The way you change my life... they can't take that away from me"... Em que me seguraste a mão e sorriste com outro segredo nos teus lábios.
Agora restam algumas fotografias e cartas do tempo em que estive fora e as chamadas telefónicas pareciam não durar mais que uns minutos que não guardariam nada do que sentíamos. Esse tempo que estive fora e que te arrastaram para longe de mim...
Inevitavelmente, o meu regresso tornou-me diferente e a ti irreconhecível... Tão distantes e sem saber mais o que nos unia para além do sonho, optamos pela realidade. E essa não nos tinha juntos sequer peões no jogo de xadrez de cada um...
Eu continuo a jogar xadrez, porque sou complexa e demoro sempre imenso tempo a resolver seja o que for! Tu passaste a ser um jogo de damas, que quando sabemos bem qual as regras e truques mais simples e menos indeciso...
Já nem as minhas linhas conseguem explicar a nossa história... Apenas aquela música de jazz...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário