É díficil lidar com qualquer tipo de ilusão bem pior quando esta se transforma em desilusão. Às vezes, simplesmente, é mais fácil não acreditar e usar o cepticismo como lente de contacto para qualquer aproximação de sentimento na vida das pessoas. É mais fácil acreditar à partida que não irá correr bem porque simplesmente nós não vemos esse tipo de sonho a tornar-se em qualquer tipo de realidade. Confuso ou não será de todo assim? Não sei bem, mas eu acho que sou daquelas que sonha e não acredita!
Ultimamente, sinto-me assim... céptica, mas sonhadora como habitual! Às vezes, cansada de procurar e exausta de sonhar, deixo-me adormecer sem saber muito bem se tenho qualquer motivo para, no dia seguinte, tirar o melhor sorriso do meu coração feito armário e andar por aí a distribuir alegria e felicidade.
Escrevo estas palavras sentada na cama e a ouvir aquele cd, que na brincadeira dizia muitas vezes que era o teu cd. Na verdade, tu e eu sabemos que era mesmo o nosso cd... Eu ensinei-te a gostares da Amy Winehouse e tu ensinaste-me a gostar do "Se" e do "Eu preciso dizer" de Djavan e Cazuza, respectivamente. Lembro exactamente dos teus gestos ao som da nossa banda sonora, que não voltei a ouvir com o que veio depois de ti. Depois de ti, outras histórias mas sem banda sonora significativa... Sem aquela vontade de dormir agarradinha a ti, sem permitir que me roubassem o lugar na cama e sem deixar que tomassem conta de mim enquanto dormia, como tu tão gentilmente fazias.
Acho mesmo que a nossa história que até banda sonora, foi bem mais do que fomos capazes de admitir... foi bem mais do que imaginamos, bem mais do que procurávamos! Sem coragem para admitir, eu afastei-me e tu deixaste. Deixaste e não reclamaste sequer.... Ainda hoje, espero, pacientemente, que reclames o que foi e é nosso por direito... uma reclamação com sentido e vinda apenas de ti!
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