sábado, 16 de agosto de 2008

Encontro de água salgada

Voltaste como a água salgada! Voltaste, porque sabias que irias embora, mais uma vez!
Hoje decidi que não iria romantizar este nosso momento, deixei que fosse um reencontro sem qualquer sentimento pois sei que sou uma sentimental sem remédio. Porque sei que iria chorar a tua partida novamente...
Foi bom rir contigo outra vez... rir-me para ti e sentir a tua pele como se fosse a minha. Podemos não ter o sentimento do amor connosco mas temos um entendimento único que nos torna em apenas um.
Encontrei-te desprovida de sentimento e mostrei-me sem qualquer fragilidade, pelo menos tentei. Tu, que de uma maneira inexplicável me conheces tão bem, desarmaste-me com a pergunta preocupada com o meu estado de espírito. E eu que até posso tentar mentir, no que toca a sentimento não o sei fazer e tu percebeste logo que havia ali qualquer coisa.
Não sei bem quem tu és, sei apenas que entraste na minha vida por algum motivo e ostentas a certeza absoluta de que sou tua...
Desta vez deixei-te entrar como água salgada na minha vida, porque eu também não queria que ficasses... porque eu também sabia que irias embora... porque tudo isto é simples e sei que não vou sofrer mais qualquer desgosto e passar dias e dias a chorar e a sentir uma tremenda falta de ar. Aquela que senti quando me apaixonei por ti e ao ver-te ir embora tentei impedir. Tola que eu era... não se impede a água salgada de regressar ao mar... Ela toca na areia daquela maneira especial, com aquele brilho de fim de dia mas regressa sempre ao mar...
Tu és a minha água salgada... aquela que me toca e vai embora mas eu já não me importo!
E antes de ires, deixa-me que te segrede: sim não estou feliz... sim estou triste... não sei apenas o motivo. Mas peço-te, volta depressa!

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