O teu jeito? é veres-me sem jeito!
A tua graça? é veres-me sem graça!
A tua quietude? é veres-me inquieta!
Sabes o que queres sabes quando olho para ti, com aquela cara de menina e aquele sorriso imenso. Tens o meu coraçãozinho quando olhas para mim certo de que eu sou quem queres do teu lado.
Eu faço birra de menina mimada, bato o pé e digo que não. Tu permaneces calmo e simplesmente à espera. Eu duvido do que tens dentro de ti e digo-te. Tu, quando a minha tempestade passa, dizes que não tenho porque duvidar.
A tua pele na minha... o teu cheiro no meu... a vontade de sorrir sem esperar um futuro revelado, mas apenas essa tua calma...
Tu e esse teu jeito de me tirarem do sério, quando eu não consigo parar quieta e na verdade sinto-me nervosa. Tu dizes que eu estou nervosa, eu digo que não uma e duas vezes mas acabo por dizer-te que sim.
Tu e essa tua graça que teimam em não rir das minhas piadinhas nervosas e desta minha inquietude, mas sei que esse sorriso aparentemente condescendente revela a tua gargalhada.
Tu...
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Click
As minhas palavras escritas envoltas numa capa de frases encontram as imagens que tens aí contigo. As imagens que guardas na tua máquina fotográfica que já percorreu o mundo, guardou imagens e sentiu todo o que encontrou por aí de sentimento!
Lembro-me do dia em que nos cruzamos sem saber o que o destino e apenas um "click" dessa tua máquina nos reservava. Lembro-me de mostrares no ecrã dessa máquina a minha imagem. Uma imagem de uma mulher bem longe de ti, ignorando a tua presença ou ausência, com o cabelo empurrado pelo vento na direcção do céu e com as árvores chegando bem longe, quase pertinho das estrelas que ainda estavam escondidas!
E tu aproximaste-te sem medo, porque sabias que aquele "click" tinha acontecido para isso mesmo, para nos encontrarmos. Não podias ter a certeza de tudo, mas sabias que nas minhas palavras e gestos as tuas imagens ganhariam vida e sentimento. Aquele sentimento que tu não tinhas e a vida que querias mudar.
Lembro-me do teu olhar vago e perdido, mas que trazia uma pequena sombra de esperança. Esperança de te sentires completo, compreendido e de puderes completar e compreender alguém também. Lembro-me de ti e de mim, um sem o outro. Sei que estavamos perdidos.
Agora escrevo-te todas as noites para que não te sintas perdido, para que compreendas as tuas imagens guardadas nessa máquina.
Registo todas as nossas emoções e os nossos sorrisos nas nossas palavras, tu guardas em imagens e juntos tatuamos na pele o que é nosso.
Porque nunca é demais, descrevo-te o meu sorriso... Porque nunca é demais, só mais um CliCK!
Lembro-me do dia em que nos cruzamos sem saber o que o destino e apenas um "click" dessa tua máquina nos reservava. Lembro-me de mostrares no ecrã dessa máquina a minha imagem. Uma imagem de uma mulher bem longe de ti, ignorando a tua presença ou ausência, com o cabelo empurrado pelo vento na direcção do céu e com as árvores chegando bem longe, quase pertinho das estrelas que ainda estavam escondidas!
E tu aproximaste-te sem medo, porque sabias que aquele "click" tinha acontecido para isso mesmo, para nos encontrarmos. Não podias ter a certeza de tudo, mas sabias que nas minhas palavras e gestos as tuas imagens ganhariam vida e sentimento. Aquele sentimento que tu não tinhas e a vida que querias mudar.
Lembro-me do teu olhar vago e perdido, mas que trazia uma pequena sombra de esperança. Esperança de te sentires completo, compreendido e de puderes completar e compreender alguém também. Lembro-me de ti e de mim, um sem o outro. Sei que estavamos perdidos.
Agora escrevo-te todas as noites para que não te sintas perdido, para que compreendas as tuas imagens guardadas nessa máquina.
Registo todas as nossas emoções e os nossos sorrisos nas nossas palavras, tu guardas em imagens e juntos tatuamos na pele o que é nosso.
Porque nunca é demais, descrevo-te o meu sorriso... Porque nunca é demais, só mais um CliCK!
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Reflexão
Percorro as ruas da cidade e deixo-me perder no que os meus olhos dão ao meu coração!
Deixo-me ir pelas imagens distorcidas pela velocidade do carro e fico-me pela banda sonora do meu auto-rádio, que toca aquele cd cheio de músicas.
Acho que encontrei aquela rua especial, com aquelas pedrinhas da calçada que me invadem de recordações! Paro ali e fico perdida no tempo...
As saudades de tudo, até do pormenor mais ridículo, invadem-me e fico com a certeza de que a coisa mais difícil no mundo é viver... ou pelo menos, como alguém me disse, saber viver!
Sou demasiado sentimentalista e ainda sou daquelas que fica agarrada ao mais pequeno pormenor... Daquelas que acredita que apesar de tudo um sorriso ainda equivale a um milhão e que um sentimento não tem sequer possível valor calculável.
Deixo-me ir pelas imagens distorcidas pela velocidade do carro e fico-me pela banda sonora do meu auto-rádio, que toca aquele cd cheio de músicas.
Acho que encontrei aquela rua especial, com aquelas pedrinhas da calçada que me invadem de recordações! Paro ali e fico perdida no tempo...
As saudades de tudo, até do pormenor mais ridículo, invadem-me e fico com a certeza de que a coisa mais difícil no mundo é viver... ou pelo menos, como alguém me disse, saber viver!
Sou demasiado sentimentalista e ainda sou daquelas que fica agarrada ao mais pequeno pormenor... Daquelas que acredita que apesar de tudo um sorriso ainda equivale a um milhão e que um sentimento não tem sequer possível valor calculável.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Duelo
Sentamo-nos numa mesa, frente a frente. Tipo duelo, em que tu juraste sair vencedor!
Apostaste que, em questão de segundos, o meu olhar ao encontrar-se com o teu iria fazer-me sentir o frio na barriga que há muito eu não sentia. E ali permaneceste, sempre muito tranquilo como te é característico.
Eu via-te a apreciar cada segundo que o teu relógio marcava com um enorme gozo, pois sabias que não iria aguentar e acabaria por sucumbir à evidência da tua certeza. Essa certeza que te assegurou que o meu corpo e alma a ti pertenciam e que bastava seres paciente o suficiente para eu deixar-te entrar nas minhas histórias. Mas tu não querias mais uma história de encantar, querias uma história verídica daquelas que prende qualquer um ao ecrã da televisão!
Sempre foste assim, persistente. Disseste-me que quando me tinhas visto pela primeira vez, naquele barzinho que costumo frequentar com os amigos do costume, tiveste a certeza de que um dia estaríamos sentados nesta mesa.
Sentados num braço de ferro, onde eu com a armadura de que sou forte e não preciso de ninguém e não acredito em ninguém, permaneço teimosamente a tentar dizer-te que não tens razão. E onde tu, olhas para mim com toda a paciência e vaidoso por saberes que tens razão e que é uma questão de segundo até eu conseguir admiti-lo.
Eu continuo a resistir-te... e tu continuas a esperar... Eu continuo a fazer que não.... e tu continuas a ter a certeza de que sim.... Os segundos trazem os minutos, as horas e os dias e tu continuas com a mesma certeza imbalável por qualquer gesto brusco ou som mais elevado da minha parte... Tu que continuas aí, sempre tão tranquilo e certo!
Apostaste que, em questão de segundos, o meu olhar ao encontrar-se com o teu iria fazer-me sentir o frio na barriga que há muito eu não sentia. E ali permaneceste, sempre muito tranquilo como te é característico.
Eu via-te a apreciar cada segundo que o teu relógio marcava com um enorme gozo, pois sabias que não iria aguentar e acabaria por sucumbir à evidência da tua certeza. Essa certeza que te assegurou que o meu corpo e alma a ti pertenciam e que bastava seres paciente o suficiente para eu deixar-te entrar nas minhas histórias. Mas tu não querias mais uma história de encantar, querias uma história verídica daquelas que prende qualquer um ao ecrã da televisão!
Sempre foste assim, persistente. Disseste-me que quando me tinhas visto pela primeira vez, naquele barzinho que costumo frequentar com os amigos do costume, tiveste a certeza de que um dia estaríamos sentados nesta mesa.
Sentados num braço de ferro, onde eu com a armadura de que sou forte e não preciso de ninguém e não acredito em ninguém, permaneço teimosamente a tentar dizer-te que não tens razão. E onde tu, olhas para mim com toda a paciência e vaidoso por saberes que tens razão e que é uma questão de segundo até eu conseguir admiti-lo.
Eu continuo a resistir-te... e tu continuas a esperar... Eu continuo a fazer que não.... e tu continuas a ter a certeza de que sim.... Os segundos trazem os minutos, as horas e os dias e tu continuas com a mesma certeza imbalável por qualquer gesto brusco ou som mais elevado da minha parte... Tu que continuas aí, sempre tão tranquilo e certo!
Nevoeiro
Hoje que vejo-me ao espelho, assim toda aperaltada e diferente do que sou, perco-me em pensamentos. Perco-me nas saudades que sinto de ti, nas saudades das nossas conversas e especialmente dessa tranquilidade que sempre me trouxeste.
Numa altura da minha vida, achei simplesmente que não havia nada que pudesse dar. Nada que me surpreendesse e que na verdade precisava de um abraço forte para me proteger. Mas depois, tu bateste à minha porta da vida e perguntaste se podias entrar. Nunca ninguém o tinha feito e eu deixei, pela primeira vez porque queria mesmo que entrasses.
Começamos pelas conversas intermináveis, pelos encontros onde queríamos uma amizade genuína e sincera e pelos olhares envergonhados de quem começa a sentir o friozinho na barriga!
Depois, veio o primeiro toque acidental, a primeira vez que demos a mão conscientes de que já não estavámos mais sozinhos. Eramos cada um, mas cada um juntos.
A primeira gargalhada sincera veio quando contaste aquela anedota. Aquela que não sabes contar mas que com todo o teu esforço, fez-me rir bem alto e aí o mundo percebeu que eu estava feliz.
Mas depois, como o nevoeiro que fica por cima da ponte que atravessa o Douro, tudo desapareceu muito rapidamente e eu deixei de saber onde estava tudo aquilo. E principalmente, onde estavas tu.
Sem ti, não sei bem quem sou. Tu vês-me como eu sou mesmo, para além da imagem do espelho, e bem dentro do meu coração. Chamem-me piegas mas sem ti perdi-me algures por essa ponte e ainda hoje fico à espera que o nevoeiro chegue.
Numa altura da minha vida, achei simplesmente que não havia nada que pudesse dar. Nada que me surpreendesse e que na verdade precisava de um abraço forte para me proteger. Mas depois, tu bateste à minha porta da vida e perguntaste se podias entrar. Nunca ninguém o tinha feito e eu deixei, pela primeira vez porque queria mesmo que entrasses.
Começamos pelas conversas intermináveis, pelos encontros onde queríamos uma amizade genuína e sincera e pelos olhares envergonhados de quem começa a sentir o friozinho na barriga!
Depois, veio o primeiro toque acidental, a primeira vez que demos a mão conscientes de que já não estavámos mais sozinhos. Eramos cada um, mas cada um juntos.
A primeira gargalhada sincera veio quando contaste aquela anedota. Aquela que não sabes contar mas que com todo o teu esforço, fez-me rir bem alto e aí o mundo percebeu que eu estava feliz.
Mas depois, como o nevoeiro que fica por cima da ponte que atravessa o Douro, tudo desapareceu muito rapidamente e eu deixei de saber onde estava tudo aquilo. E principalmente, onde estavas tu.
Sem ti, não sei bem quem sou. Tu vês-me como eu sou mesmo, para além da imagem do espelho, e bem dentro do meu coração. Chamem-me piegas mas sem ti perdi-me algures por essa ponte e ainda hoje fico à espera que o nevoeiro chegue.
Ainda hoje...
Gostar assim desta maneira. Gostar de ti, como o céu das estrelas.
Gostar assim desta maneira que me tranquiliza e que me dá tudo aquilo que preciso saber. Gostar assim de alguém, ao final do dia, pertinho do mar... Aproveitando cada segundinho e saboreando todos os minutinhos do nosso tempo.
Observar e admirar o teu sorriso, o desenho do teu sorriso aliás. Perder-me nos contornos do teu rosto e encontrar o meu próprio sorriso em ti.
Tudo o que é teu... mas principalmente as tuas palavras escritas. Ainda hoje guardamos o velho hábito de trocarmos palavras escritas. Ainda hoje perdemo-nos nos dias, mas encontramo-nos nas linhas!
Já passou tanto tempo mas ainda nos atrevemos a dizer que somos felizes, que continuamos apaixonados e que parece ontem o dia em que nos conhecemos.
Os cabelos brancos não nos impedem de sentir e de viver. As rugas, nas nossas caras, guardam cada uma das nossas histórias vividas e sonhos por cumprir. Os miúdos que nos rodeiam, agora, são parecidos connosco, não achas?
Ainda hoje quero ir contigo aproveitar o final de dia, bem pertinho da nossa água salgada... Ainda hoje quero ouvir-te sussurar-me ao ouvido o quanto ainda queres do teu lado e quantas mais rugas queres encontrar na minha cara. Ainda hoje somos nós... Ainda hoje sentimos como nós... Ainda hoje soamos a nós. E sim, hoje escrevemos só para nós!
Gostar assim desta maneira que me tranquiliza e que me dá tudo aquilo que preciso saber. Gostar assim de alguém, ao final do dia, pertinho do mar... Aproveitando cada segundinho e saboreando todos os minutinhos do nosso tempo.
Observar e admirar o teu sorriso, o desenho do teu sorriso aliás. Perder-me nos contornos do teu rosto e encontrar o meu próprio sorriso em ti.
Tudo o que é teu... mas principalmente as tuas palavras escritas. Ainda hoje guardamos o velho hábito de trocarmos palavras escritas. Ainda hoje perdemo-nos nos dias, mas encontramo-nos nas linhas!
Já passou tanto tempo mas ainda nos atrevemos a dizer que somos felizes, que continuamos apaixonados e que parece ontem o dia em que nos conhecemos.
Os cabelos brancos não nos impedem de sentir e de viver. As rugas, nas nossas caras, guardam cada uma das nossas histórias vividas e sonhos por cumprir. Os miúdos que nos rodeiam, agora, são parecidos connosco, não achas?
Ainda hoje quero ir contigo aproveitar o final de dia, bem pertinho da nossa água salgada... Ainda hoje quero ouvir-te sussurar-me ao ouvido o quanto ainda queres do teu lado e quantas mais rugas queres encontrar na minha cara. Ainda hoje somos nós... Ainda hoje sentimos como nós... Ainda hoje soamos a nós. E sim, hoje escrevemos só para nós!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Nariz Vermelho e Água Salgada
Gosto desse narizinho vermelho. Redondo e que preenche quase toda a tua cara, mas mesmo assim não esconde o teu sorriso.
Gosto do teu fato às riscas e largueirão, da flor artificial que trazes ao peito e que na verdade é uma bisnaga.
Gosto do chapéu que usas torto de propósito, para assim teres um pedacinho de mais graça.
Gosto dos sapatos que usas, pois são três vezes maiores que os teus pés. Gosto do andar pateta e desajeitado.
Gosto da gravata com pintarolas que usas, combinando com uma camisa vermelha.
Gosto dos suspensórios azuis que usas... Gosto das calças com xadrez.
Gosto dessa confusão visual.
Gosto da maneira como me fazes sentir, mais uma vez como uma menina que vai ao circo pela primeira vez e não consegue disfarçar o encantamento por tamanha magia e fantasia.
Sempre fui desse tipo de miúdas. Dessas que acreditam em histórias de encantar, que adoram ir ao circo e que apreciam os tão falados passeios de mão dada à beira-mar, bem pertinho da água salgada.
Tu, o meu palhacinho favorito, pois sabes fazer-me rir como ninguém. Que devolves o brilho no meu olhar e que me sussuras magia aos ouvidos. Tu, mesmo com essa cara pintada de branco e cores vivas, que deixas-me ver-te como realmente és...
Tu que costumas passear comigo, bem pertinho da água salgada e com esse teu narizinho vermelho.
Gosto do teu fato às riscas e largueirão, da flor artificial que trazes ao peito e que na verdade é uma bisnaga.
Gosto do chapéu que usas torto de propósito, para assim teres um pedacinho de mais graça.
Gosto dos sapatos que usas, pois são três vezes maiores que os teus pés. Gosto do andar pateta e desajeitado.
Gosto da gravata com pintarolas que usas, combinando com uma camisa vermelha.
Gosto dos suspensórios azuis que usas... Gosto das calças com xadrez.
Gosto dessa confusão visual.
Gosto da maneira como me fazes sentir, mais uma vez como uma menina que vai ao circo pela primeira vez e não consegue disfarçar o encantamento por tamanha magia e fantasia.
Sempre fui desse tipo de miúdas. Dessas que acreditam em histórias de encantar, que adoram ir ao circo e que apreciam os tão falados passeios de mão dada à beira-mar, bem pertinho da água salgada.
Tu, o meu palhacinho favorito, pois sabes fazer-me rir como ninguém. Que devolves o brilho no meu olhar e que me sussuras magia aos ouvidos. Tu, mesmo com essa cara pintada de branco e cores vivas, que deixas-me ver-te como realmente és...
Tu que costumas passear comigo, bem pertinho da água salgada e com esse teu narizinho vermelho.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Algodão Doce
Nunca tive tempo para sentir a falta de nada ou de ninguém.
Hoje sinto a tua falta, verdadeiras saudades de ti e das tuas coisas. No meu quarto, como que vazio sem a tua presença, permanece apenas o teu cheiro pois ficou gravado na almofada e nos lençóiss cor-de-rosa, que tu gostavas porque faziam-te lembrar algodão doce.
Eras como um menino quando te deitavas naqueles lençóis pois pedias mimo e exigias total atenção. Passavamos horas deitados, com a tua cabeça a repousar no meu colo de forma a que eu pudesse brincar com o teu cabelo liso mas teimoso com aqueles jeitinhos que já diziam um pouco de como tu és. Tu que és assim ainda como uma criança de espírito rebelde e curioso, mas sei que já não vives na idade dos porquês, pois sabes exactamente o que queres e quem és.
Naquele dia, em que a porta daquele quarto abriu-se, eu percebi logo que tinhas deixado de saber quem eras do meu lado e da tua dúvida em querer-me.
Não impedi a tua partida, sabia que não te poderia prender pois sempre foste livre demais para viveres numa gaiola invisível de suplicas e pedidos recheados de choro e tristeza. Deixei-te ir mas não fazia ideia do que era sentir a tua falta e morrer todos os dias um pouco com saudades de tudo aquilo que era nosso.
Nunca percebi porque amigas minhas ficavam apáticas e tristes só porque o amor delas tinha embarcado em outra direcção. Achava que se tratava de um exagero típico do sexo feminino, até que essa hora chegou na minha vida.
Não sei se foste num barco com data prevista de chegada, nem sequer sei se foste de barco... Sei que à tua partida não havia nevoeiro que pudesse anunciar a tua chegada num dia igual a este.
Foste e eu agora estou aqui neste quartinho, nesta cama com os lençóis cor-de-rosa "algodão doce", agarrada a lembranças e ao teu cheiro que ainda persiste por aqui.
Este rosa algodão doce que me faz lembrar do teu sorriso e de tudo aquilo que ficou aqui gravado... o teu algodão doce meu menino traquina!
Hoje sinto a tua falta, verdadeiras saudades de ti e das tuas coisas. No meu quarto, como que vazio sem a tua presença, permanece apenas o teu cheiro pois ficou gravado na almofada e nos lençóiss cor-de-rosa, que tu gostavas porque faziam-te lembrar algodão doce.
Eras como um menino quando te deitavas naqueles lençóis pois pedias mimo e exigias total atenção. Passavamos horas deitados, com a tua cabeça a repousar no meu colo de forma a que eu pudesse brincar com o teu cabelo liso mas teimoso com aqueles jeitinhos que já diziam um pouco de como tu és. Tu que és assim ainda como uma criança de espírito rebelde e curioso, mas sei que já não vives na idade dos porquês, pois sabes exactamente o que queres e quem és.
Naquele dia, em que a porta daquele quarto abriu-se, eu percebi logo que tinhas deixado de saber quem eras do meu lado e da tua dúvida em querer-me.
Não impedi a tua partida, sabia que não te poderia prender pois sempre foste livre demais para viveres numa gaiola invisível de suplicas e pedidos recheados de choro e tristeza. Deixei-te ir mas não fazia ideia do que era sentir a tua falta e morrer todos os dias um pouco com saudades de tudo aquilo que era nosso.
Nunca percebi porque amigas minhas ficavam apáticas e tristes só porque o amor delas tinha embarcado em outra direcção. Achava que se tratava de um exagero típico do sexo feminino, até que essa hora chegou na minha vida.
Não sei se foste num barco com data prevista de chegada, nem sequer sei se foste de barco... Sei que à tua partida não havia nevoeiro que pudesse anunciar a tua chegada num dia igual a este.
Foste e eu agora estou aqui neste quartinho, nesta cama com os lençóis cor-de-rosa "algodão doce", agarrada a lembranças e ao teu cheiro que ainda persiste por aqui.
Este rosa algodão doce que me faz lembrar do teu sorriso e de tudo aquilo que ficou aqui gravado... o teu algodão doce meu menino traquina!
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Gosto de ti, água salgada!
Deixo tocar aquele álbum, que digo que é o teu...
Observo o teu corpo bem à frente do meu, onde as tuas mãos deixassem a conhecer o meu corpo e os teus olhos, acredita, invadem a minha alma.
Não me importo com os dias que vêm depois do nosso agora. Não me importo com mais nada para além do hoje. Não quero saber e sem pudor, digo que gosto de ti. Assim tão simples e tão claro, gosto de ti. ´
Não me resigno com o pouco que me dás, aceito com naturalidade o que a vida nos proporciona.
Apetece-me gritar que te adoro, que preciso de ti e que o teu toque me traz muito mais, do que o conto de fadas de menina me poderia dar. Não peço demais nem dou demais, não desta vez.
Não te exijo aquilo que eu própria não te posso dar. Fico feliz por receber o que tens para me dar agora e satisfeita por saber que sei fazer o mesmo contigo.
O nosso álbum continua a tocar como banda sonora dos beijos, dos abraços e do momento em que nos tornamos um. Sim, se calhar amanhã já não te lembras e eu ainda vou lembrar...
Mas estou bem assim... Fico à espera, mas não de ti... fico à espera que a vida me revele o meu príncipe encantado, que quanto sei podes ser tu, meu lindo e extraordinário sapo, como pode ser outro qualquer que saiba muito mais de mim do que tu.
Por agora fico-me por este agradável sentimento de estar em casa, de te olhar com a minha carinha e de te ver com a tua carinha de safado.
Sim tu tens essa carinha de safado, que me seduz... Somos pele. Se calhar, somos apenas isso... Seja como for, espero... espero para ver o que a vida me reserva e revela e fico à espera que a água salgada me traga a resposta deste segredo que é viver e sentir.
Seja como for: gosto de ti agora. Que importa o amanhã?
Observo o teu corpo bem à frente do meu, onde as tuas mãos deixassem a conhecer o meu corpo e os teus olhos, acredita, invadem a minha alma.
Não me importo com os dias que vêm depois do nosso agora. Não me importo com mais nada para além do hoje. Não quero saber e sem pudor, digo que gosto de ti. Assim tão simples e tão claro, gosto de ti. ´
Não me resigno com o pouco que me dás, aceito com naturalidade o que a vida nos proporciona.
Apetece-me gritar que te adoro, que preciso de ti e que o teu toque me traz muito mais, do que o conto de fadas de menina me poderia dar. Não peço demais nem dou demais, não desta vez.
Não te exijo aquilo que eu própria não te posso dar. Fico feliz por receber o que tens para me dar agora e satisfeita por saber que sei fazer o mesmo contigo.
O nosso álbum continua a tocar como banda sonora dos beijos, dos abraços e do momento em que nos tornamos um. Sim, se calhar amanhã já não te lembras e eu ainda vou lembrar...
Mas estou bem assim... Fico à espera, mas não de ti... fico à espera que a vida me revele o meu príncipe encantado, que quanto sei podes ser tu, meu lindo e extraordinário sapo, como pode ser outro qualquer que saiba muito mais de mim do que tu.
Por agora fico-me por este agradável sentimento de estar em casa, de te olhar com a minha carinha e de te ver com a tua carinha de safado.
Sim tu tens essa carinha de safado, que me seduz... Somos pele. Se calhar, somos apenas isso... Seja como for, espero... espero para ver o que a vida me reserva e revela e fico à espera que a água salgada me traga a resposta deste segredo que é viver e sentir.
Seja como for: gosto de ti agora. Que importa o amanhã?
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Em casa
O amanhã parece não importar mais. O resto do mundo também não.
Sem estar realmente preocupada com o amanhã e como nos sentiremos relativamente a ele, aproveito bem todos estes minutinhos em que estou aqui contigo, onde o mundo deixou de existir.
A tua pele que toca na minha, quase que se fundindo numa só. A comichão que tens no queixo e que te fazer tocar o meu ombro para espantar a comichão impertinente mas tão bemvinda. O teu braço na minha cintura que me faz lembrar a todos os segundos que este nosso momento é real e que mais ninguém consegue compreender o que me fazes sentir. Sabes que contigo encontro-me em casa? E é tão bom sentir-me assim.
Sei que na nossa história é quase impossível um final feliz, mas não me importo. Não quero saber do amanhã, quero saber do Agora. Sem aceitar qualquer censura de quem está lá do lado de fora e não entende o que é isto. Acho que também não entendemos mas até sabemos viver com a definição indefinida disto e de nós.
Não sei se vou ficar à espera de que realmente a definição seja redifinida e eu possa exibir ao mundo o que tenho na minha caixinha coração. Não sei se amanhã vou continuar a sentir isto. Não sei o que é que a vida nos reserva mas sei que adoro sentir-me hoje e agora contigo em casa.
Sem estar realmente preocupada com o amanhã e como nos sentiremos relativamente a ele, aproveito bem todos estes minutinhos em que estou aqui contigo, onde o mundo deixou de existir.
A tua pele que toca na minha, quase que se fundindo numa só. A comichão que tens no queixo e que te fazer tocar o meu ombro para espantar a comichão impertinente mas tão bemvinda. O teu braço na minha cintura que me faz lembrar a todos os segundos que este nosso momento é real e que mais ninguém consegue compreender o que me fazes sentir. Sabes que contigo encontro-me em casa? E é tão bom sentir-me assim.
Sei que na nossa história é quase impossível um final feliz, mas não me importo. Não quero saber do amanhã, quero saber do Agora. Sem aceitar qualquer censura de quem está lá do lado de fora e não entende o que é isto. Acho que também não entendemos mas até sabemos viver com a definição indefinida disto e de nós.
Não sei se vou ficar à espera de que realmente a definição seja redifinida e eu possa exibir ao mundo o que tenho na minha caixinha coração. Não sei se amanhã vou continuar a sentir isto. Não sei o que é que a vida nos reserva mas sei que adoro sentir-me hoje e agora contigo em casa.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Sem pudor
Se eu pudesse colocar em palavras o que transporto na minha caixinha coração, saberias decerto que és apenas tu que enches o meu sorriso e as minhas palavras pensadas. Se eu pudesse contar o meu segredo ao mundo, diria que gosto de ti sem qualquer tipo de pudor ou vergonha e com uma vaidade de menina.
Se soubessem o motivo que me leva a sorrir assim, saberiam que tu enches o meu dia com um sol brilhante e quente; e a minha noite com uma bolachuda lua cheia, como aquelas bolachas de manteiga. Aquelas bolachas de manteiga que derretem na boca e que nos fazem querer comer mais, porque é bom demais!
Se nas cantigas de amor tivessem que escolher um poeta, escolheriam o que é nosso. Escolheriam os nossos sorrisos, as nossas conversas, os nossos olhares, as nossas noites em claro e os finais de dia carregados de saudade. Decerto, que escolheriam os meus suspiros para refrão e o nosso toque para a mais perfeita e compreensível estrofe.
Se o vento pudesse levar com ele alguma coisa, seria um beijo meu para chegar a ti ainda mais rápido. São apenas 16h e parece uma eternidade até o relógio marcar as 19h.
Se eu pudesse fechar os olhos e ter um desejo satisfeito, seria ter-te bem atrás de mim num abraço forte e com um beijo bem suave no pescoço, daqueles que só tu sabes dar.
Sou uma menina apaixonada sem pudor ou vergonha. Passeio a minha paixão pintada no meu olhar e falada no meu sorriso.
Se eu pudesse, congelava os nossos fins de dia. Sabes que sabem muito mais a casa, do que realmente as quatro paredes sem ti. Quatro paredes onde a noite custa mais a passar, onde o sono não é tranquilo e apenas resta um pedacinho de ti, quando me apercebo que ainda tenho um pedacinho do teu cheiro na almofada, a tua claro.
Se eu fosse agora uma menina, estaria de certeza com o olhar coquete, timido e vaidoso.
Sem pudor e com a maior das simplicidades, gosto de ti. Gosto de ti, como gosto dos finais de dia.
Se soubessem o motivo que me leva a sorrir assim, saberiam que tu enches o meu dia com um sol brilhante e quente; e a minha noite com uma bolachuda lua cheia, como aquelas bolachas de manteiga. Aquelas bolachas de manteiga que derretem na boca e que nos fazem querer comer mais, porque é bom demais!
Se nas cantigas de amor tivessem que escolher um poeta, escolheriam o que é nosso. Escolheriam os nossos sorrisos, as nossas conversas, os nossos olhares, as nossas noites em claro e os finais de dia carregados de saudade. Decerto, que escolheriam os meus suspiros para refrão e o nosso toque para a mais perfeita e compreensível estrofe.
Se o vento pudesse levar com ele alguma coisa, seria um beijo meu para chegar a ti ainda mais rápido. São apenas 16h e parece uma eternidade até o relógio marcar as 19h.
Se eu pudesse fechar os olhos e ter um desejo satisfeito, seria ter-te bem atrás de mim num abraço forte e com um beijo bem suave no pescoço, daqueles que só tu sabes dar.
Sou uma menina apaixonada sem pudor ou vergonha. Passeio a minha paixão pintada no meu olhar e falada no meu sorriso.
Se eu pudesse, congelava os nossos fins de dia. Sabes que sabem muito mais a casa, do que realmente as quatro paredes sem ti. Quatro paredes onde a noite custa mais a passar, onde o sono não é tranquilo e apenas resta um pedacinho de ti, quando me apercebo que ainda tenho um pedacinho do teu cheiro na almofada, a tua claro.
Se eu fosse agora uma menina, estaria de certeza com o olhar coquete, timido e vaidoso.
Sem pudor e com a maior das simplicidades, gosto de ti. Gosto de ti, como gosto dos finais de dia.
Praia Cor-de-Laranja
Um final de dia bem cor-de-laranja e eles os dois.
Nesse final de dia, deixei-me a observar os dois que por ali estavam e trocavam, naquela (nossa) praia, juras de amor eterno.
Abraços demorados, risos bem sonoros e palavras sussuradas. Para fazer esta uma imagem bem cinematográfica, o vento batia na roupa dela, que era de uma leveza encantadora, e brincava com os seus cabelos que acariciavam a cara dele. Ele, nem por um instante incomodado, continuou segurando aquela que ele tinha a certeza de que era a tal.
Inevitável o passeio de mão dada, as longas conversas e o silêncio agradável.
Meses mais tarde e uns quantos imprevistos da vida ou destino, as discussões e o silêncio chato...
Aquela praia voltou a ficar vazia e sem riso... Aquela praia conta apenas com a minha visita nostálgica que teima em vir encontrar mais dois como nós, como eles... Nós que pensavamos saber tudo e que julgavamos já ter sentido tudo o que há para sentir! Nós que descobrimos que afinal havia vida para além de nós, daquela praia, daquele final de dia cor-de-laranja e das promessas ditas bem pertinho da água salgada.
Nós que juntos sentimos o frio da água salgada, que como eles os dois brincamos ali, que como eles deixamos que os imprevistos nos afastassem.
Separados por águas salgadas e colocados em diferentes praias... Nós aqui e vocês aí bem longe, do outro lado querendo sempre um pouquinho mais do que aquela praia!
Nesse final de dia, deixei-me a observar os dois que por ali estavam e trocavam, naquela (nossa) praia, juras de amor eterno.
Abraços demorados, risos bem sonoros e palavras sussuradas. Para fazer esta uma imagem bem cinematográfica, o vento batia na roupa dela, que era de uma leveza encantadora, e brincava com os seus cabelos que acariciavam a cara dele. Ele, nem por um instante incomodado, continuou segurando aquela que ele tinha a certeza de que era a tal.
Inevitável o passeio de mão dada, as longas conversas e o silêncio agradável.
Meses mais tarde e uns quantos imprevistos da vida ou destino, as discussões e o silêncio chato...
Aquela praia voltou a ficar vazia e sem riso... Aquela praia conta apenas com a minha visita nostálgica que teima em vir encontrar mais dois como nós, como eles... Nós que pensavamos saber tudo e que julgavamos já ter sentido tudo o que há para sentir! Nós que descobrimos que afinal havia vida para além de nós, daquela praia, daquele final de dia cor-de-laranja e das promessas ditas bem pertinho da água salgada.
Nós que juntos sentimos o frio da água salgada, que como eles os dois brincamos ali, que como eles deixamos que os imprevistos nos afastassem.
Separados por águas salgadas e colocados em diferentes praias... Nós aqui e vocês aí bem longe, do outro lado querendo sempre um pouquinho mais do que aquela praia!
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Apatia
O sol brilha na tua cara
O tempo passa e as coisas acontecem...
Será que o relógio não pará?
Será que as pessoas que te rodeiam sentem?
Sentem de verdade
Aquilo que carregam ao peito
Sem ser a dita caridade
Aquela que vem sempre com um pouco de despeito
que se anuncia na tua e na deles altivez forçada.
A alma vagueia pela rua
Como que abandonada
E tu sabes que é a tua...
Ficas parado sem a reconhecer...
Ficas admirado por não a reclamares...
Permaneces adepto de não sofrer...
O tempo passa e as coisas acontecem...
Será que o relógio não pará?
Será que as pessoas que te rodeiam sentem?
Sentem de verdade
Aquilo que carregam ao peito
Sem ser a dita caridade
Aquela que vem sempre com um pouco de despeito
que se anuncia na tua e na deles altivez forçada.
A alma vagueia pela rua
Como que abandonada
E tu sabes que é a tua...
Ficas parado sem a reconhecer...
Ficas admirado por não a reclamares...
Permaneces adepto de não sofrer...
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