terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sem pudor

Se eu pudesse colocar em palavras o que transporto na minha caixinha coração, saberias decerto que és apenas tu que enches o meu sorriso e as minhas palavras pensadas. Se eu pudesse contar o meu segredo ao mundo, diria que gosto de ti sem qualquer tipo de pudor ou vergonha e com uma vaidade de menina.
Se soubessem o motivo que me leva a sorrir assim, saberiam que tu enches o meu dia com um sol brilhante e quente; e a minha noite com uma bolachuda lua cheia, como aquelas bolachas de manteiga. Aquelas bolachas de manteiga que derretem na boca e que nos fazem querer comer mais, porque é bom demais!
Se nas cantigas de amor tivessem que escolher um poeta, escolheriam o que é nosso. Escolheriam os nossos sorrisos, as nossas conversas, os nossos olhares, as nossas noites em claro e os finais de dia carregados de saudade. Decerto, que escolheriam os meus suspiros para refrão e o nosso toque para a mais perfeita e compreensível estrofe.
Se o vento pudesse levar com ele alguma coisa, seria um beijo meu para chegar a ti ainda mais rápido. São apenas 16h e parece uma eternidade até o relógio marcar as 19h.
Se eu pudesse fechar os olhos e ter um desejo satisfeito, seria ter-te bem atrás de mim num abraço forte e com um beijo bem suave no pescoço, daqueles que só tu sabes dar.
Sou uma menina apaixonada sem pudor ou vergonha. Passeio a minha paixão pintada no meu olhar e falada no meu sorriso.
Se eu pudesse, congelava os nossos fins de dia. Sabes que sabem muito mais a casa, do que realmente as quatro paredes sem ti. Quatro paredes onde a noite custa mais a passar, onde o sono não é tranquilo e apenas resta um pedacinho de ti, quando me apercebo que ainda tenho um pedacinho do teu cheiro na almofada, a tua claro.
Se eu fosse agora uma menina, estaria de certeza com o olhar coquete, timido e vaidoso.
Sem pudor e com a maior das simplicidades, gosto de ti. Gosto de ti, como gosto dos finais de dia.

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