terça-feira, 2 de setembro de 2008

Praia Cor-de-Laranja

Um final de dia bem cor-de-laranja e eles os dois.
Nesse final de dia, deixei-me a observar os dois que por ali estavam e trocavam, naquela (nossa) praia, juras de amor eterno.
Abraços demorados, risos bem sonoros e palavras sussuradas. Para fazer esta uma imagem bem cinematográfica, o vento batia na roupa dela, que era de uma leveza encantadora, e brincava com os seus cabelos que acariciavam a cara dele. Ele, nem por um instante incomodado, continuou segurando aquela que ele tinha a certeza de que era a tal.
Inevitável o passeio de mão dada, as longas conversas e o silêncio agradável.
Meses mais tarde e uns quantos imprevistos da vida ou destino, as discussões e o silêncio chato...
Aquela praia voltou a ficar vazia e sem riso... Aquela praia conta apenas com a minha visita nostálgica que teima em vir encontrar mais dois como nós, como eles... Nós que pensavamos saber tudo e que julgavamos já ter sentido tudo o que há para sentir! Nós que descobrimos que afinal havia vida para além de nós, daquela praia, daquele final de dia cor-de-laranja e das promessas ditas bem pertinho da água salgada.
Nós que juntos sentimos o frio da água salgada, que como eles os dois brincamos ali, que como eles deixamos que os imprevistos nos afastassem.
Separados por águas salgadas e colocados em diferentes praias... Nós aqui e vocês aí bem longe, do outro lado querendo sempre um pouquinho mais do que aquela praia!

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